Acordo entre Portugal e Espanha para regular a pesca no rio Minho entra em vigor dia 26
O acordo entre Portugal e Espanha relativo à regulação da pesca no Troço Internacional do Rio Minho (TIRM), esta terça-feira publicado em Diário da República (DR), entra em vigor no dia 26, revogando o anterior, com 19 anos.
De acordo com o aviso publicado em DR, o novo acordo resultou da “necessidade de atualizar a regulação do exercício da pesca lúdica/recreativa, profissional e das pesqueiras no TIRM (…), garantindo a igualdade de condições às comunidades piscatórias de ambas as partes, a par da proteção dos ecossistemas aquáticos e da biodiversidade, evitando a sobreexploração dos recursos naturais”.
Fonte: observador.pt, 9 de Maio de 2023
Centeio mais antigo da Península Ibérica descoberto no Norte de Portugal e Galiza
Uma equipa internacional liderada por investigadores portugueses divulgou esta quinta-feira um estudo que permite conhecer o centeio mais antigo da Península Ibérica e discute a cronologia e o contexto histórico em que esta espécie foi introduzida e cultivada nesta região.
De acordo com os investigadores, os grãos e restos de espigas de centeio mais antigas da Península Ibérica datam da Idade do Ferro, nomeadamente de um período entre o século III a.C. e a primeira metade do século I a.C., foram recolhidos nos sítios arqueológicos do Freixo/Tongobriga (Marco de Canaveses), Crastoeiro (Mondim de Basto) e Castro de São Domingos (Lousada) no Norte de Portugal, bem como no Castelo Pequeno de Santigoso (A Mezquita) na Galiza.
Fonte: observador.pt, 11 de Maio de 2023
Galiza: RENFE quer primeiro comboio de alta velocidade a passar no Minho
Houve uma mudança de rumo no processo de internacionalização da Renfe avança o jornal O MINHO.
Segundo aquele jornal, a empresa pública espanhola decidiu abandonar a colaboração com a Comboios de Portugal e operar sozinha no transporte de passageiros em Portugal, no âmbito da liberalização ferroviária.
De acordo com um relatório da Direção Geral de Desenvolvimento e Estratégia, tornado público esta semana, a empresa liderada por Raül Blanco iniciou a busca de “assistência técnica na obtenção do certificado de segurança em Portugal e na elaboração da documentação operacional”.
Desta forma, ocorre uma mudança na situação atual entre as duas empresas ibéricas, que atualmente têm em conjunto o comboio Celta entre Vigo e Porto como o único trajeto internacional com apenas dois exíguos serviços diários em cada sentido.
Fonte: jornalc.pt, 14 de Maio de 2023
Trilhos e paraísos da imperdível Galiza
Programas familiares e de aventura, entre o bosque e o mar, a Galiza tem de tudo. Propomos-lhe algumas paragens para dias inesquecíveis.
Nas imediações de Tui, bem perto da fronteira com Portugal (a 3 km de Valença), fica o parque natural mais antigo da Galiza. Classificado em 1978 e integrado na Serra do Galiñeiro, o Monte Aloia tem 10 quilómetros de percursos e está elevado a 700 metros de altitude. Ao caminhar pelos abetos, ciprestes e cedros-do-líbano passará por miradouros que oferecem uma vista arejada sobre o rio Minho.
O ponto mais alto é a ermida do Alto de San Xián. Por ali há vestígios pré-históricos e romanos. Antes de iniciar a caminhada, dirija-se à Casa do Enxeñeiro Areses, o Centro de Visitantes, com uma exposição permanente e informações sobre o parque.
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Fonte: sabado.pt, 18 de Maio de 2023
“A primeira vez que os galegos vieram em força foi a seguir ao terremoto de 1755. Ajudaram a reconstruir Lisboa”
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Galego e com “muito orgulho”, Miguel sabe que, apesar de tudo, foi um emigrante bem diferente daqueles que ao longo dos séculos vieram desse recanto do noroeste de Espanha para Portugal e sobretudo para Lisboa. E a experiência que teve como presidente da Xuventude de Galicia, fundada em 1908 (“a instituição de origem espanhola mais antiga que existe em Lisboa”) fê-lo conhecer bem esse fenómeno migratório: “os galegos emigraram para Lisboa muito mais do que para Madrid. Aliás, a primeira vez que vieram com força foi a seguir ao terremoto de 1755 e tiveram um papel fortíssimo na reconstrução da cidade. Há documentos que mostram que a seguir ao terremoto havia 45 mil galegos em Lisboa. Trabalharam na reconstrução da cidade, no Aqueduto das Águas Livres e um pouco por todo lado. Depois, no século XIX, ficaram com o monopólio da água e em contrapartida tinham de fazer todo o serviço de ajuda aos incêndios. Era uma migração numerosa, mas foi focada sempre na zona sul da Galiza, graças a uma espécie de efeito chamada. Alguns vinham e iam chamando a gente da zona. Aliás, 80% dos galegos que vinham para Lisboa são todos dessa zona que fica até 30 quilómetros da raia. O resto da Galiza quase desconhece por completo a emigração para Portugal. No norte e no centro da região iam mais para as Américas e a partir do século XX para outros países europeus como a Suíça e a Alemanha”. Testemunho do dinamismo desses imigrantes é ainda hoje um dos grandes grupos económicos em Portugal ter o nome de um jovem galego que há mais de 200 anos veio para Lisboa e abriu uma pequena loja no Chiado: chamava-se Jerónimo Martins. Dessa época ficou a expressão “trabalhar que nem um galego”, que Miguel admite que “soa um bocadinho como ofensiva, mas a verdade é que se trabalhava muito e era gente que se esforçava muito. Era gente, de alguma maneira, que era muito honesta e que valia a pena contratar”.
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Idioma que esteve na origem do português, o galego é hoje uma língua co-oficial na Galiza, onde coexiste com o castelhano, vulgo espanhol. O presidente da CCILE diz que fala galego quando tem de ser, num contexto mais privado, mas que a sua língua materna é o castelhano. “Todos os galegos na Galiza percebem e falam algo de galego, podemos misturar com o castelhano, mas em princípio todos dominam. E nas novas gerações com mais certeza ainda, uma vez que foi introduzido no sistema educativo nos anos 80. Portanto, neste momento a região é completamente bilingue”, explica, acrescentando que noutros tempos, e muito em especial durante a ditadura franquista, o galego era visto como a língua das pessoas do campo e o castelhano a língua de cultura, algo que a democracia e sobretudo o sistema autonómico vieram mudar completamente.
Fonte: dn.pt, 20 Maio 2023
Preocupação com um possível encerramento das passagens fronteiriças entre a Galiza e Portugal devido à visita do Papa
O director da Agência Europeia de Cooperação Transfronteiriça (EFTA) Rio Minho, Uxío Benítez, manifestou esta segunda-feira o seu repúdio público à decisão de substituir os controlos fronteiriços entre a Galiza e Portugal por ocasião das comemorações das Jornadas Mundiais da Juventude, de 1 a 6 de agosto, em Lisboa, e que incluem a visita do Papa Francisco.
Benítez pediu aos Governos de Espanha e Portugal que esclareçam quais serão as medidas a adotar “para evitar o alarme social” que já se viveu durante o encerramento das fronteiras durante a pandemia ou em 2017, com a visita do Papa o Fátima.
Fonte: metropolitano.gal, 15 Maio de 2023
Homenagem em Portugal a um dos maiores especialistas em incêndios florestais
No âmbito da oitava conferência internacional sobre incêndios florestais, a International Wildland Fire Conference 2023, que se realiza no Porto (Portugal), esta quarta-feira o prémio Ember é entregue a José Antonio Vega, investigador reformado do Centro de Investigação Florestal (CIF) de Lourizán, em Pontevedra, dependente do Ministério do Ambiente Rural. Desta Administração realçaram que “o prémio reconhece o percurso profissional deste especialista, considerado um dos maiores especialistas no combate aos incêndios florestais”.
Este congresso, que teve início na terça-feira e vai decorrer até sexta-feira, conta com a presença de uma delegação da Xunta de Galiza chefiada pelo director-geral do Defensa do Monte, Manuel Rodríguez. “Este evento centra-se no combate aos incêndios florestais para proteger a biodiversidade, promover a captura de carbono e manter as florestas saudáveis, garantindo o seu fornecimento de bens e serviços”, acrescentam do Medio Rural.
Fonte: lavozdegalicia.es, 17 Maio 2023
Cantautora MJ Pérez entrevistada na Rádio Pública Portuguesa
A cantautora Galego-Portuguesa MJ Pérez foi este domingo entrevistada por Ana Sofia Carvalheda no programa “A árvore da música”.
MJ Pérez falou da sua ligação a Portugal e do seu documentário sobre a lenda de Pedro e Inês, “Inês, aquilo que nos une” assim como da música que escreveu para este documentário “Agarda no horizonte”, da qual se ouviu um excerto.
A canção que lançou mais recentemente “Ora aperta, amor”, versão de um tema tradicional português e na qual teve a colaboração das “Crua”, um agrupamento de mulheres portuguesas que explora a sonoridade do adufe, vozes e outras percurssões, foi também tema de conversa, assim como o vídeoclipe que se baseou na tradição dos lenços dos namorados.